As palavras não são românticas, muito menos suficientes. Nós é que o somos e os nossos sentimentos é que são nobres, sinceros e, ao mesmo tempo, prudentes.
Nossas máscaras são tiradas e recolocadas a todo momento. Estamos constantemente sendo colocados à prova. À nossa prova. A uma explosão, um ressentimento, um distúrbio qualquer.
Sabemos a hora de limpar as lágrimas e, de um instante para outro, torná-las inviáveis. E, se persistem, conseguiremos escondê-las. Exerceremos nossa fragilidade sob a fusão da dor e do fracasso, mas também a limparemos com a água dos vencidos e a sede de uma vitória aparente. Brilharemos como se ao nosso redor tudo fosse constituído de sombras, enquanto a noite nos envaidece e nos deixa a certeza de que, apesar de tantas compreensões, somos inconscientes ao amanhecer. Inconscientes ao transparecer das perdas. Inconscientes ao amor.
Nada, enfim, sabemos. E a tudo tememos.