Conta-me um segredo em plena noite de tempestade. Tempestade de astros, de tudo que é oculto, de tudo que é hermético e talvez de algum deus solto, perdido no universo.
Sê inteiro, mestre, poeta a exaurir o pouco de desejo que me resta, a resgatar os dons do homem superior.
Prega meus sonhos em tua parede fria e oca, para que eles recaiam sobre minha cabeça e adejem pelos meus sentidos.
Dá-me um nome, um símbolo, um contraste qualquer, porém sutil. Grita com tua áspera e chama-me, que ao teu encontro irei…mesmo que sejas vento, mesmo que sejas nuvem.
Se amor fores, és tu quem dirás.
Se mera ilusão deixares, ao menos pouco me darás.
Contudo, se a morte for teu ledo suplício, em ti ficarei em paz.