No abismo da noite,
estamos entrando.
Estamos fugindo
do eco dos passos,
do sono que invade,
da vida que queima,
do céu que se abala.
E a vil metralhadora
cega nosso medo,
cantando à bandeira da paz.
Mas tudo é horizonte e luz
no meio dos escombros
da explosão dos sentidos.
E mata-se mais uma paixão,
que se existisse
não faria diferença.