Por que sinto tanta saudade do beijo torturante que nunca foi dado?
Por que não deixei que a voz calasse a confissão que ainda assombra o presente?
Por que não rasguei o bilhete absurdo e o deixei seguir seu destino?
Por que adiei o adeus, apesar de pressentir o tempo gotejar de minhas mãos?
Por que me arrependo de não ter atendido o telefone e contado tudo o que sentia?
Por que fugi do compromisso e não continuei aquela história tão insegura e irreal?
Por que, após anunciar tantos ‘nãos’, os que recebi serraram tão fundo a carne e a alma?
Por que foi necessário recomeçar, sem ponto de partida?
Porque eu pretendia não retroceder, não trazer de volta o que não se acomoda mais. Mas o que não cabe importuna.
Porque eu queria ser divergente, mas o futuro amedronta…
Excelente texto…
Eu me faço várias dessas interrogações com frequência…
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