Ontem fui nevoeiro, visão turva, com olhar estrangeiro, sem nem pressupor para onde me guiar.
Há uns dias fui trovão, gritando, rugindo. Afugentei quem se aproximava, e me guardei, não saí mais de mim por horas ininterruptas.
Madrugada que passou me trouxe escuridão, fez de mim sombra febril, sem desafios. Cortou-me a visão e pediu que esquecesse, que evadisse, que me tornasse brisa distante.
Mas hoje acordei estrela, ostentada na escuridão, brilhando eterna e tramando meu próprio caminho. Não vou sozinha, junto a mim, um séquito de orbes cintila em companhia, com claridade própria. E assim, não há limites para o nosso pequeno universo. Que se dispersa e sonha, ocupando cada milímetro desse céu.
“Há uns dias fui trovão, gritando, rugindo. Afugentei quem se aproximava, e me guardei, não saí mais de mim por horas ininterruptas.” Simplesmente, demais!!!!
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