Mais um encontro para a série “Duetos”, oportunidade criada para deixar eclodir a vontade de conhecer o outro, de desafiar-me a novas formas de escrita e para me aproximar daqueles que cultivam as palavras como companhia predileta, sejam escritores, devaneadores ou parceiros na vida que gostem de traduzir em verbos suas sensações.
Dessa vez, a colaboração é da Kika Lima, amiga, parceira de vida e alma, que topou responder às perguntas e delirar um pouco junto comigo. Como ela é o tipo de pessoa que dispensa definições, teria que conhecê-la para entender, deixo aqui a frase que norteia sua vida:
“Liberdade é pouco, o que eu quero ainda não tem nome”
(Clarice Lispector)
Partimos de uma imagem ao espelho, com a ideia de reconhecer-se ali, um alguém que não estava acostumado a olhar para si. O resultado pode ser conferido aqui:
EU EM MIM
– Ei, chegue mais perto.
Era minha voz que soava imperativa mas longínqua, em alguma minúcia do quarto que eu ainda não percebia. Oh, não, será que ousei partir e esqueci de me findar? Eu que Continuar lendo