Aprendi que nada me impede de fazer do meu jeito. Fui ensinada a ser uma garota padrão. Sei agradecer com os olhos, sei negar com o silêncio, sei pedir com as mãos e me aquietar com um suspiro, mas se eu não disser, ninguém saberá. Ninguém vai saber, por exemplo, que sou um ser de mim mesma. Por isso disfarço, finjo-me pequena, para não amedrontar. Finjo-me acuada, mas porque quero fazer tudo ao meu modo. Só para não parecer eu.
Temos uma camaleã.
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