De ritual em ritual, quero viver meus dias: com velas, aromas, danças e canções; com amores, lágrimas, estudos e contemplações. Olho para frente, para alguém. Busco a mim no outro e o diferente em mim.
Minha insígnia é de sonho, porém meu sonho é agora e o meu agora insiste em reinventar. Seu produto é ação.
Navego com ou sem destino, pouco importa; não fui feita para me demorar no mesmo lugar.
Mas gosto mesmo é de voar, adejar o infinito, enlevada pelo luar, pelo vento, pelas nuvens, pela deusa que me habita. Tenho a vassoura como companhia, mas o que me impulsiona mais do que tudo é o desejo.
Minha alma nem sempre está em mim, gosta de passear por aí, de cultivar abraços e, às vezes, vai tão longe que custa a voltar, não quando quero, mas quando ela pode.
Não me interessa ser guiada, renuncio a comparações e desdenho de quem me rotula. Só não quero me perder no tempo…
A natureza acontece em mim,
Com verdades e esconderijos
De Bruxa que sou, por fim.