Ontem fui nevoeiro, visão turva, com olhar estrangeiro, sem nem pressupor para onde me guiar.
Há uns dias fui trovão, gritando, rugindo. Afugentei quem se aproximava, e me guardei, não saí mais de mim por horas ininterruptas. Continuar lendo
Ontem fui nevoeiro, visão turva, com olhar estrangeiro, sem nem pressupor para onde me guiar.
Há uns dias fui trovão, gritando, rugindo. Afugentei quem se aproximava, e me guardei, não saí mais de mim por horas ininterruptas. Continuar lendo
Algo como uma palavra: RECOMEÇO; algo como uma cor: NEGRA, imensamente obscura; algo como um sentimento: PRAZER; algo como o momento: SOLIDÃO; algo como a fuga: GRITO; algo como ser que se esconde para causar surpresa ao mostrar-se: ELEGÂNCIA. É um eterno recomeço, a cada novo tom, como se a vida recomeçasse a cada cinco minutos. Como se dissesse que a cada segundo há um motivo de prazer distinto, que se contrai e se enleva, sem permissão e que, de vez em quando, dá lugar a um grito, que se manifesta junto a nossa imensa solidão, sem querer ser nobre, apenas ele mesmo; sem querer ser puro, pois a malícia oscurece o seu dom.